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Roldeck.

Júlio Roldão

13.03.2019 23h41mn

Na ausência do Facebook

Na ausência do Facebook, esta tarde com problemas em várias localizações, a solução para este vício editorial é, no meu caso, a utilização deste meu domínio. Um espaço cibernético mantido para estas emergências informativas

21.02.2019 09h31mn

Neste digital pontógrafo

[A picar o ponto]

Finjo que estou vivo

mas a minha pulsação

é de um homem morto

21.02.2019

01.01.2019 12h00mn

No início de um novo ano

A senhora minha mãe, que há quase um ano, quase com 99 anos, nos deixou, a senhora minha mãe sempre quis, ainda em solteira, partir para o Brasil, mais precisamente para São Paulo, onde viveram uns tios que aí fizeram fortuna. Mas esse tios ricos nunca lhe enviaram a “carta de chamada”, o documento indispensável para poder fugir dos “horizontes pequenos” que durante tantos anos nos amarraram a Portugal, e ela ficou sempre com saudades do Brasil, mais precisamente de São Paulo, país e cidade que ela nunca visitou.

29.11.2018 11h18mn

No amanhecer da cidade

No amanhecer da cidade, apetece-me um mata-bicho. O título desta prova de vida do Roldeck quase parece um plágio de um título de um livro de Vasco Pereira da Costa - "Amanhece a Cidade". Vou relê-lo neste título ou em "Nas Escadas do Império" que é outra obra dele que muito aprecio. Estes dois títulos estão nas minhas referências bibliográficas... "Referências Bibliográficas", um bom título para um livrinho de memórias.

10.11.2018 11h30mn

No Jornal de Notícias. No Porto.

Voltei ao Jornal de Notícias. Voltei a entrar no Edifício sede do Jornal de Notícias, na portuense Rua de Gonçalo Cristóvão, e até estive no estúdio de televisão do jornal, uma nova plataforma instalada onde, inicialmente, funcionou a Galeria de Arte do JN. Fui jornalista no Jornal de Notícias de 1977 a 2005 (vinte oito anos que passaram a correr e que tiveram momentos bons e menos bons) mas depois de ter saído, num processo de separação consentido mas forçado, entrei naquelas instalações duas ou três vezes. Se o edifício, como dizem, vier a ser adaptado a um hotel será pouco provável que lá volte.

06.11.2018 09h55mn

No querido Jardim Botânico

Se voltar ao Brasil irei de barco. Para poder ficar, ao largo do Rio de Janeiro, sem desembarcar. Protegido na jangada de aço, no não lugar marítimo de ninguém de todos os barcos. A olhar o Corcovado e a visitar "Meu Querido Jardim Botânico", guiado pelas palavras de Tom Jobim, no jardim que as fotografias de Zeca Araújo fixaram para sempre. A quem não se importe de desembarcar pedirei um jornal do dia para retalhar em recortes destinados ao meu canhenho da viagem. E talvez confesse que, dessa vez, não irei jantar ao Marius, lugar de referência no 290 da Avenida Atlântica. Copacabana.

12.10.2018 19h18mn

Na surpreendente Quinta da Regaleira

Uma das etapas da visita a Sintra, num fim-de-semana alargado que começou no passado dia 5 de Outubro e terminou no domingo seguinte, dia de eleições no Brasil.

04.10.2018 10h31mn

No Auto da Crise da Idade Sénior

Vejo ao longe a barca
que levará minhas cinzas
ao fundo do mar.

Júlio Roldão
04. Outubro. 2018
na imagem um pormenor de um vitral de Tóssan (António Santos) para uma peça do Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC)

02.10.2018 11h26mn

No mar da minha inexistência

Nem quero pensar // que estou a chegar a velho. // Não vou lá chegar. // // Hoje, perco tudo // - a chave da minha casa // e todas as âncoras. // // Sem ter rendimentos, // no mar da inexistência // escolho à deriva.

Júlio Roldão

02.Outubro.2018

20.09.2018 23h03mn

Na memória da água

Adoro água de coco. Bebida na hora em que o coco é aberto, em regra utilizando-se uma catana. Já há água de coco comercializável à maneira do leite ou de alguns refrigerantes e com prazo de validade. Validade de um ano, julgo eu. Mas não é a mesma coisa, embora seja agradável. Fresquinha. Água de coco com palhinha azul.